Biologia Parasitária - IOC

Programa de pós-graduação stricto sensu em biologia parasitária

Portuguese English Spanish
  • Diminuir tamanho do texto
  • Tamanho original do texto
  • Aumentar tamanho do texto
  • Ativar auto contraste
Início do conteúdo

01/08/2017

Há dez anos, rimando ‘férias’ com ‘ciências’


Lucas Rocha

“Oportunidade única e incrível. A Fiocruz é um dos institutos que mais publicam sobre arboviroses, tema do curso que participei. A programação dividida entre aspectos teóricos e exercícios práticos complementou os conteúdos vistos em sala de aula. Foi enriquecedor”, sintetiza Débora Fernanda Pedrozo Pavani, graduanda em Medicina Veterinária da Universidade de Sorocaba, no interior de São Paulo. “Poder conhecer e executar técnicas de diagnóstico e entender como funciona toda a rotina laboratorial foi muito interessante. Sempre tive muita vontade de conhecer e participar de alguma atividade na Fiocruz”, diz Celina Knust da Silva, estudante de medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. “Ter acesso a técnicas, equipamentos e metodologias preconizadas pelo Ministério da Saúde, dentro de um centro de referência como a Fiocruz, transformou a experiência em uma imersão cultural ímpar, que reforça o meu objetivo de dar prosseguimento aos estudos de mestrado em biologia parasitária”, afirma Anne Aline Pereira de Paiva, aluna de biomedicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Relatos como estes traduzem o sentimento dos mais de 30 estudantes de graduação que participaram da temporada inverno 2017 dos Cursos de Férias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realizada entre os dias 17 e 21 de julho, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. A concorrência foi grande: a 18ª edição da iniciativa recebeu mais de 400 inscrições. Em 2017, os Cursos de Férias do IOC completaram 10 anos, contabilizando a participação de 1.758 alunos de graduação, das cinco regiões do Brasil, nas salas de aula e laboratórios do Instituto. Ao todo, foram oferecidas 75 disciplinas, com aulas teóricas e práticas preparadas e ministradas por estudantes de mestrado e doutorado dos programas de Pós-graduação do IOC, supervisionados por pesquisadores, que coordenam as disciplinas.

Arboviroses, doenças genéticas e bioinformática
Zika, dengue, chikungunya e febre amarela foram destaques de uma das modalidades dos Cursos de Férias na temporada inverno 2017. Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer características epidemiológicas e imunológicas dessas doenças, além de técnicas de diagnóstico preconizadas pelo Ministério da Saúde. As arboviroses de importância médica são alvos de numerosos estudos desenvolvidos por pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que investigam, entre outros aspectos, os efeitos das infecções para o organismo humano, a competência vetorial de mosquitos em relação aos vírus e novas metodologias de diagnóstico. O aumento de casos de síndrome congênita relacionados ao vírus Zika, identificado no final de 2015, trouxe ainda mais atenção para o tema. Atualmente, pesquisadores se dedicam às análises do potencial risco da reurbanização da febre amarela, cuja forma silvestre da doença tem atingido diversos estados brasileiros. “A ementa me chamou a atenção pelas diferentes técnicas em virologia, que podem ser aplicadas para aprimorar meu projeto de iniciação científica sobre a exacerbação de uma doença respiratória pelo vírus influenza. É o segundo curso de férias em que participo. Sempre aprendo coisas novas e recomendo aos meus amigos”, ressaltou Jullian Torres Braz, estudante de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Já o curso sobre genética humana colocou em pauta temas como o rastreamento de mutações e o diagnóstico das doenças genéticas. A estrutura e o funcionamento dos ácidos nucleicos, a classificação e nomenclatura de mutações humanas e as características gerais sobre as doenças genéticas também foram abordadas. A disciplina sobre bioinformática e biologia computacional, por sua vez, apresentou os fundamentos dessas áreas do conhecimento. O armazenamento de dados biológicos, a comparação entre genomas e a estruturação de proteínas foram algumas das técnicas apresentadas.

Edição: Raquel Aguiar
Fotografia: Gutemberg Brito

Voltar ao topoVoltar