O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária do Instituto Oswaldo Cruz (PGBP/IOC/Fiocruz) visa à formação científica avançada de pesquisadores, profissionais dos campos da ciência e tecnologia em saúde e docentes de ensino superior para as diferentes abordagens das áreas do conhecimento relacionadas à Parasitologia. A proposta é associar a tradição de excelência à necessidade de manter-se na vanguarda científica e tecnológica das áreas envolvidas no conceito mais amplo da Parasitologia.
Atualmente, o Programa está credenciado na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) com conceito 7, considerado como excelência pela instituição. O Programa pertence à área 9, Ciências Biológicas III, da Capes, e apresenta quatro áreas de concentração: Biologia; Genética e Bioquímica; Ecologia e Epidemiologia; e Imunologia e Patogenia. Estas áreas de concentração englobam, atualmente, 11 linhas de pesquisa que abrangem estudos de agentes infecciosos e parasitários, vetores e hospedeiros, entre as quais estão a Biologia Celular e Ultraestrutura; Biologia; Genética; Genômica e Proteômica; Taxonomia; Desenvolvimento de métodos de diagnóstico e controle; Ecologia; Epidemiologia; Estudos bioquímicos e moleculares; Imunologia e Patogênese; e Patologia de doenças infecciosas e parasitárias.
Além do desenvolvimento de pesquisa básica, muitos projetos desenvolvidos docentes do Programa estão voltados para o desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde, sendo esta ação uma das mais relevantes no contexto de inserção atual da Fiocruz nas políticas públicas de ciência e tecnologia em saúde no país. Os Laboratórios de pesquisa do IOC hoje dispõem de equipamentos de alta tecnologia, possibilitando o desenvolvimento de pesquisa de ponta nas áreas de concentração do Programa.
Adicionalmente, o Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária também propicia aos alunos atividades exercidas por um conjunto de Laboratórios da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica, que exerce atividades fundamentais para estratégias nacionais e internacionais de saúde pública na área de doenças infecciosas e parasitárias. O acervo das Coleções Biológicas (zoológicas e microbiológicas) que, há mais de um século, o Instituto Oswaldo Cruz forma e preserva, subsidia atividades voltadas à pesquisa científica e tecnológica. Das 21 Coleções Biológicas que o IOC detém, 11 são consideradas, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, como “fiéis depositárias” de amostras de componentes do patrimônio genético brasileiro.
As diretrizes dos cursos ficam sob a responsabilidade da coordenação acadêmica do Programa, exercida pela Comissão de Pós-graduação (CPG), composta por, no mínimo, cinco docentes, uma gestora e um representante do corpo discente. A comissão contribui para que os critérios de avaliação, segundo indicadores estabelecidos pela Capes, sejam mantidos.
O Programa oferece cerca de 90 disciplinas, sendo obrigatórias as disciplinas de Procedimentos em Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa Biomédica, Centro de Estudos do IOC, Seminário Discente, Apreciação de defesa de trabalho final Stricto sensu, além das disciplinas de Parasitologia I (tópicos Bacteriologia, Virologia e Micologia) e Parasitologia II (tópicos Protozoologia, Helmintologia, Entomologia e Malacologia). Estas mantêm a identidade do programa e são responsáveis por estimular a visão crítica do processo de geração do conhecimento científico em Parasitologia.
No quadriênio 2021-2024, o corpo docente do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária, esteve constituído por um total de 79 docentes, sendo 63 docentes permanentes. Trata-se de um programa multidisciplinar e institucional que ao longo do Quadriênio 2021-2024, envolveu em seu Corpo Docente pesquisadores de 37 dos 66 Laboratórios de pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz, um do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), um do Programa de Computação Científica (PROCC), além de 9 docentes de outros centros: três da Fiocruz Rondônia, um do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz-Amazônia), um do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná), um do Instituto René Rachou (Fiocruz-Minas), um do Instituto Gonçalo Muniz (Fiocruz-Bahia), um da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e um da University of Antwerpen, na Bélgica.