Biologia Parasitária - IOC

Programa de pós-graduação stricto sensu em biologia parasitária

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06/07/2015

Ciência em (boas) palavras


Acostumados à rotina das pesquisas dentro e fora dos laboratórios, muitos pesquisadores ainda encontram dificuldade na hora de expor o resultado de seus estudos em artigos científicos. Apesar de não ser a mais fácil das tarefas, a publicação é parte fundamental na rotina desse público. E quando olhamos para estudantes de mestrado e doutorado, por exemplo, essa realidade pode ser ainda mais complicada. Visando ajudar os atuais e futuros especialistas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do seu Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, promoveu durante três dias uma verdadeira imersão no universo da escrita científica, por meio do workshop ‘Writing a Scientific Paper’.

O evento, que aconteceu entre os dias 29 de junho e 1º de julho, reuniu cerca de 150 participantes – entre estudantes e pesquisadores da Fiocruz e de outras instituições de ensino e pesquisa - que tiveram a oportunidade de aprender com Yeshwant Bakhle, pesquisador da Imperial College London, na Inglaterra, e editor de imprensa do British Journal of Pharmacology. A partir de atividades teórico-práticas, Bakhle orientou a produção de bons textos para se obter sucesso na publicação. “As palavras não devem ficar no caminho da ciência. Se o artigo chega aos revisores bem estruturado facilita o trabalho. Desta maneira não é preciso se preocupar com a escrita, apenas com a ciência contida nele”, salientou.

Organizadora do evento e pesquisadora do Laboratório de Inflamação do IOC, Patricia Martins ressaltou a importância do encontro. “O assunto é bastante relevante, e um dos principais fatores que contribuiu para o grande interesse foi a necessidade de melhoria na qualidade das publicações, objetivando uma maior repercussão da ciência brasileira no contexto internacional”.
Alunas de doutorado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Taís Pompeu, Natália de Morais e Carolina Guilhon fizeram questão de participar do curso e destacaram a qualidade do evento. “Perde-se muito tempo fazendo coisas erradas no artigo, tempo este que podemos poupar se soubermos escrever um texto correto”, disseram.

Já Natália Lanzarini, aluna de doutorado do Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC, falou sobre o obstáculo de escrever em inglês, o idioma oficial utilizado nos artigos científicos. “Quando passamos nosso texto para o inglês, precisamos reduzi-lo, tirando as palavras que não são necessárias. Assim, o tornamos claro e objetivo”, explicou.

Para Bakhle, a produção de um artigo compreensível e de fácil leitura é quase tão importante quanto a própria pesquisa em si, pois a publicação faz parte do fazer científico. “Não é possível fazer um bom artigo de uma pesquisa ruim, mas é possível perder a publicação de resultados de boas pesquisas devido à artigos mal escritos”, concluiu o pesquisador.

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