06/10/2022
Maíra Menezes
Desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária, a pesquisa da bióloga Jéssica Vasques Raposo Vedovi foi reconhecida no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2022. A honraria é promovida pela Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação. A premiação destaca teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde nas áreas temáticas de atuação da instituição.
A tese ‘Betaherpesvírus humano 5, 6 e 7 em pacientes transplantados e atividade antiviral do crispr/cas9 anti- alphaherpesvírus humano 1’ conquistou menção honrosa na categoria ‘Medicina’. Orientada pela chefe adjunta do Laboratório de Virologia Molecular, Vanessa de Paula, a pesquisa investigou infecções por herpesvírus em pacientes transplantados e analisou a aplicação de um método de edição do genoma para inibir a replicação viral em cultura de células.
Ao todo, 11 estudos foram contemplados na sexta edição do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. Além da Pós em Biologia Parasitária, o Programa de Biologia Celular e Molecular do IOC foi destacado na premiação. A cerimônia de entrega da honraria será realizada no dia 14 de agosto, no âmbito das atividades da semana de educação.
Saiba mais sobre a pesquisa:
Dois estudos compuseram a pesquisa de Jéssica Vedovi. O primeiro investigou infecções por herpesvírus em pacientes com insuficiência hepática aguda e submetidos a transplante de rim. O segundo avaliou a aplicação de uma metodologia inovadora para bloquear a replicação viral em cultura de células.
Analisando amostras de fígado de indivíduos que sofreram insuficiência hepática aguda de causa desconhecida, a pesquisa detectou a presença de herpesvírus em 23% dos casos. Em uma das amostras, foi verificada a presença de três tipos diferentes de herpesvírus, um achado inédito na literatura.
Segundo os pesquisadores, os dados indicam a necessidade de incluir os herpesvírus no diagnóstico diferencial desses casos e reforçam a importância do diagnóstico para aprimorar o tratamento dos pacientes.
A infecção por herpesvírus também foi confirmada em pacientes submetidos a transplante de rim. Nestes casos, os pesquisadores analisaram amostras de saliva e apontaram a glândula salivar como um sítio importante de replicação viral, o que pode contribuir para o monitoramento da infecção.
Na segunda parte da pesquisa, a metodologia de edição genética chamada de crispr/cas9 foi aplicada com sucesso para inibir a replicação do herspesvírus simples 1 (HSV1) em cultura de células.
*Edição: Vinicius Ferreira